A cantora canadense Céline Dion, 54 anos, anunciou nessa semana o cancelamento da sua turnê mundial de 2023 devido ao agravamento de sua doença. Em dezembro de 2020, Celine descobriu sofrer da Síndrome da Pessoa Rígida (SPR). Segundo a revista norte-americana Closer, a cantora deu início a um tratamento experimental, feito nos Estados Unidos, que busca aliviar os sintomas e reverter a condição.

A médica Janine Araújo detalha que a SPR é uma doença neurológica rara, que tensiona e causa rigidez nos músculos. A síndrome desencadeia uma série de espasmos dolorosos e progressivos. Dessa forma, o portador da doença começa a ter dificuldade de locomoção, que progride e dificulta atos simples, como levantar, deitar, andar e até escrever.

“A Síndrome da Pessoa Rígida pode se manifestar de seis formas diferentes. A mais comum acomete apenas a região lombar e as pernas. A forma variante é quando você só tem sintomas em um membro que estiver com postura distônica, isto é, quando você mantém uma postura fixa por alguns minutos. A forma rara se caracteriza por uma rigidez que afeta o corpo inteiro. As outras três formas causam desordem do movimento funcional, forma com distonia e parkinsonismo e, por fim, espástica hereditária”, explica.

Depois de se consultar com inúmeros profissionais, a cantora optou por um tratamento em uma clínica especializada no Colorado, nos Estados Unidos. Como ainda está em fase de testes, pode ser que o tratamento não possua completa efetividade.

Por se tratar de um tratamento considerado pesado e invasivo, Celine não pode ser acompanhada pelos filhos René Charles, de 22 anos, e seus irmãos, Eddy e Nelson, de 12.

“Segundo o artigo publicado pela revista, o tratamento da Celine Dion se divide em duas partes. Na primeira ela passará por injeção intratecal, que é uma aplicação de uma droga na região da lombar, fazendo o composto atingir o líquido cefalorraquidiano, que auxilia a propagação por todo o corpo. Este procedimento é extremamente doloroso e só é adotado por médicos quando não há outra alternativa”, afirma a Dra. Janine.

“A segunda parte do tratamento experimental tem como objetivo aliviar a dor neuropática com uma base de magnésio e glicina. O objetivo é permitir que a Dion recupere o controle do seu corpo e não fique mais paralisada por espasmos musculares prematuros e incapacitantes”, completa.