Por Covid, região italiana do Vêneto suspende cirurgias eletivas

VENEZA, 8 NOV (ANSA) – Com o avanço da segunda onda de coronavírus Sars-CoV-2 na região italiana do Vêneto, cuja capital é Veneza, o governo determinou que todas as cirurgias programadas que demandarem o uso de unidades de terapia para o pós-operação deverão ser suspensas. A única exceção à regra são os casos de urgência ou emergência, como no caso de acidentes, infartos ou derrames.   

“Isso é para não ocupar, com atividades programadas, lugares nas UTIs”, explicou a assessora para a Saúde, Manuela Lanzarin, em circular enviada neste sábado (8) para todos os hospitais públicos e privados da região.   

O documento ainda suspende as visitas às especialidades ambulatoriais nos locais – com exceção de atividades nos âmbitos materno e infantis, oncológicos, de doenças raras e não adiáveis por conta do quadro clínico do paciente. Tudo para que a região consiga atender aos constantes casos de Covid-19.   

Neste sábado (7), o Vêneto registrou 3.362 novas contaminações por coronavírus, sendo que há na região 50.970 casos ativos – que descontam os números de mortes e curas. Foram seis vítimas em 24 horas, elevando o total de óbitos para 2.574 no Vêneto.   

Atualmente, segundo o boletim epidemiológico, há 1.467 pessoas internadas em hospitais em departamentos não críticos e seis em UTIs.   

Em números totais, o Vêneto é quarta região italiana com mais casos e o temor é que, com o avanço dos casos, a área seja enquadrada como região vermelha na classificação do governo italiano. Atualmente, a área está na faixa amarela – a “mais branda” em termo de restrições. (ANSA).