Sempre que alguém, principalmente político e governante, invocar chavões de apelo popular, desconfie. Como é mesmo, inclusive, a famosa frase de Samuel Johnson (1709-1784)? “O patriotismo é o último refúgio do canalha”.

Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, criou o “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”. Em seguida, “Deus, pátria e família”. Na boa, só mesmo muito ignorante, para não dizer muito burro ou inocente, para acreditar em um sujeito assim.

O amigão do Queiroz – e isso já dizia muito a seu respeito – foi, sem a menor chance de eu estar enganado, o pior presidente da história do Brasil. E olha que já tivemos Sarney, Collor e Dilma, apenas para citar os mais recentes estragos.

A destruição causada pelo devoto da cloroquina não se limitou à economia ou à saúde e educação públicas. O estrago institucional, principalmente, se mostrou inédito, haja vista o ocorrido em Brasília no dia 8 de janeiro próximo passado.

O patriarca do clã das rachadinhas e das mansões milionárias compradas com panetones e dinheiro vivo conseguiu convencer milhões de idólatras de que era diferente, e que, ao contrário de todos os demais, trabalhava pelo Brasil.

Quem se informava adequadamente sabia que não era verdade. Porém, a gigantesca manada idólatra abdicou de informação profissional para acreditar tão somente no Zap. A cada enxadada uma minhoca surgia, logo tratada como fake news da grande imprensa.

As motociatas homicidas, então, eram “um prato cheio”. Não adiantava denunciar o escândalo com o dinheiro público, pois o gado logo mugia: “eu vim de graça”. E espalhava-se a ideia de que todas as despesas, ali, eram particulares.

Na esteira das notícias sobre os gastos do cartão corporativo do “mito”, hoje ficamos sabendo, além das despesas milionárias em postos de gasolina e padarias, que cada motociata custou, em média, 100 mil reais. Atenção: cada uma!

Mas não só. Enquanto passeava de moto às nossas custas, e em público comia pastel, o maridão da Micheque (e os 90 mil reais, hein, dona primeira-dama?) entupia o bucho, no escurinho do Alvorada, com caviar, picanha, Nutella e bacalhau.

Sim, o patriota do leite condensado e da tubaína, sujeito simples, né?, torrou uma fortuna com alimentos e bebidas de primeiríssima. Fortuna essa, claro, nossa, e não dele. Em nome de Jesus, a ceia bolsonarista, durante 4 anos, foi digna de reis.

Bolsonaro não inaugurou a gastança, o desperdício e a corrupção com a grana do contribuinte otário. Porém, demonizava todos que assim fizeram, e dizia ser o enviado de Deus para redimir a nação. Hoje, sabemos que é lobo em pele de cordeiro.

O “mito” chafurdou na lama do dinheiro público. Isso fica cada vez mais claro para quem não caminha sobre 4 apoios. E muito mais virá à tona. Este bilontra tem de ser preso pelos crimes que cometeu contra a democracia, e devolver o dinheiro que gastou indevidamente.