Um vídeo que está circulando nas redes sociais mostra o momento em que a mãe de uma criança com TEA (Transtorno do Espectro Autista) denunciou ter sofrido discriminação dentro de uma loja da Riachuelo, localizada no Boulevard Shopping, em Feira de Santana, na Bahia, na quinta-feira, 16.

Entenda o caso:

  • No vídeo, divulgado no X (antigo Twitter), a mãe aparece exaltada próxima a um caixa. Ela afirma que fez as compras e, no momento de efetuar o pagamento, apresentou a Carteira de Identificação TEA para ter atendimento prioritário;
  • Em seguida, ela foi encaminhada para outro caixa, onde teria sofrido a discriminação. A mulher afirmou que, após terminar o atendimento, a funcionária do caixa teria dito a outra, que encaminhou mãe e filho para aquele local, que não “passasse essas bombas” para ela;
  • “E meu filho (…) não é bomba! Não gostei. Eu exijo respeito com os autistas, com as pessoas com deficiência, porque eu sou mãe, e ninguém aqui tá livre de ter um filho com deficiência. Eu não aceito porque já é difícil com a luta de uma mãe com uma criança que vem no shopping provar uma roupa. Eu não aceito”, disse;
  • Por fim, a mãe fez um apelo aos outros clientes do estabelecimento: “Que seja a última vez. E, quem estiver aqui, não aceite! Seja com família, seja com filho, seja com quem for, porque é uma luta nossa e ele tem direito (…) É a última vez que entro nessa loja, porque isso é crime e eu estou aqui com a prova que ele é autista. Eu não passei na frente, não, é lei! E a lei tem que ser cumprida”;
  • Por meio de nota enviada à ISTOÉ, a Riachuelo lamentou o ocorrido e afirmou que a funcionária envolvida no caso foi demitida.

O que disse a funcionária

  • Por meio de um vídeo publicado nas redes sociais, Jairta Lima negou ter discriminado mãe e filho ao ter usado o termo “bomba”. Segundo ela, essa expressão é para se referir aos clientes que não usam o cartão da loja;
  • “Todas as Riachuelos trabalham com meta. Se a gente passa um cartão Riachuelo, fica dentro da meta. Se você passa um cartão terceiro, sua PA (Peças de Atendimento) cai”, afirmou;
  • “Fui demitida injustamente. Tenho duas filhas, estou passando dificuldade e meu esposo está desempregado. Estou sendo acusada injustamente”, lamentou.