Uma jovem foi baleada diversas vezes na madrugada do último sábado, 28, em frente a casa do pai dela no bairro Divinópolis, em Serra (ES), na Região Metropolitana de Vitória. Carolayne Nascimento Barcelos teria sido morta por não conseguir abaixar os vidros do carro dela após ordem de criminosos que tentavam praticar um assalto, já que as janelas do veículo estavam com defeito. Entretanto, a polícia não descarta outras motivações para o homicídio. As informações são da TV Gazeta.

+ RJ: mecânico mata homem após discussão sobre reparo de veículo

Resumo:

  • Carolayne voltava de uma festa com um adolescente quando o carro dela foi parado por criminosos em Divinópolis;
  • A mulher teria sido baleada após não conseguir cumprir ordens dos bandidos. O jovem que estava no veículo não sofreu ferimentos;
  • Alexandre Ramalho, coronel e secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, afirmou que as autoridades não descartam nenhuma linha de investigação;
  • A mãe da vítima afirmou que Carolayne recebia ameaças da própria irmã. “Ela disse para mim: ‘Mãe, se eu for assassinada, foi mandado, você pode ter certeza”.

Carolayne voltava para casa após uma festa e estava acompanhada por um adolescente de 17 anos a quem ela dava carona. De acordo com testemunhas, o carro foi cercado por criminosos armados após virar uma esquina. Os assaltantes teriam ordenado que os vidros fossem baixados, o que não foi possível já que eles estavam com defeito, fazendo com que a vítima não conseguisse seguir a ordem dos bandidos.

A jovem foi baleada diversas vezes no rosto e o adolescente conseguiu escapar ileso. O veículo teria perdido a direção após o crime, e causou uma colisão com o portão da casa do pai de Carolayne. Após sair da residência, o homem percebeu que a vítima era a própria filha e a levou ao pronto atendimento. A mulher não resistiu aos ferimentos e morreu.

Em uma manifestação feita por familiares e amigos na BR 101, nesta segunda-feira, a mãe de Carolayne afirmou que a jovem vinha recebendo intimidações. “Minha filha estava sendo ameaçada pela própria irmã […] Ela disse para mim: ‘Mãe, se eu for assassinada, foi mandado, você pode ter certeza’. Não deu 15 dias ela morreu. Agora quero uma resposta, doa a quem doer.”

O secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, o coronel Alexandre Ramalho, reuniu-se com os familiares na noite de segunda-feira e informou em vídeo que as autoridades não descartam nenhuma linha de investigação. “Nesse sentido, estamos trabalhando com a DHPM (Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher) e com o DEHPP (Departamento Especializado de Homicídio e Proteção à Pessoa) de Serra, além dos efetivos da polícia, que estarão atuando massivamente em Divinópolis”, disse. Alexandre também pediu para que qualquer informação sobre o crime seja informada para as autoridades de forma anônima pelo número 181.

Em contato com a IstoÉ, a Polícia Civil do Espírito Santo afirmou que o caso segue sendo investigado pela DHPM e que detalhes não serão divulgados no momento para que ocorra a preservação das investigações.