Uma aluna da USP (Universidade de São Paulo) relatou ter sido vítima de um estupro no conjunto residencial da instituição de ensino, localizado no Butantã, bairro da zona oeste da capital paulista. Yasmin Mendonça, de 20 anos, que cursa na FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) registrou um boletim de ocorrência após ser abusada, em agosto, por um estudante que é seu vizinho.

A jovem reportou estar com medo de frequentar aulas e que o sujeito a perseguisse após o abuso. Yasmin contou que foi convidada pelo vizinho, que era seu colega, a tomar um café na cozinha dele. Enquanto conversavam, o homem supostamente tentou beijá-la e, quando a vítima negou, continuou a acariciar as pernas e ombros da estudante, chegando a abaixar o sutiã da aluna da FFLCH e colocar a boca em seus seios. As informações são da “Folha de S. Paulo”.

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De acordo com a estudante, sua reação foi deixar o local e retornar ao seu apartamento. Posteriormente, Yasmin contou que reencontrou o suspeito e ao confrontá-lo, o homem teria a agarrado e esfregado o órgão genital nela.

A jovem foi até a sua assistente social do Prip (Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento) e falou sobre a história. A mulher respondeu que iria conversar com a responsável pelo outro morador da Crusp e que as duas teriam um diálogo com o suspeito. “A assistente social dele questionou o motivo de eu não ter reagido e disse que o menino não tinha noção do que estava fazendo. Me senti humilhada”, pontuou Yasmin.

O sujeito foi remanejado para outro bloco pela gestão da universidade, mas, mesmo assim, a jovem teria o encontrado no mesmo corredor em que vive diversas vezes, relatando já ter percebido o homem debochando da situação. “Estou cansada, exausta, com medo. Preciso ter alguém ao meu lado sempre, estou fugindo, tive que mudar toda a minha rotina após o estupro”, afirmou a estudante.

Em contato com o site IstoÉ, a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) informou que o caso está sendo investigado pelo 93º DP (Jaguaré) e será remetido à 3ª DDM (Delegacia de Defesa da Mulher). “Um inquérito policial foi instaurado e as apurações já resultaram na identificação do autor, que foi intimado a prestar depoimento”, ressaltou o órgão.

Procurada pelo site IstoÉ, a USP reiterou que a vítima foi acolhida por duas assistentes sociais, um processo administrativo disciplinar foi aberto para que o caso seja apurado e as medidas cabíveis tomadas e o suspeito, que também cursa na FFLCH, deixou a moradia estudantil.