Como já era esperado por economistas, a fila de desempregados seguiu crescendo no trimestre móvel terminado em outubro, conforme os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A população desocupada somou 14,061 milhões de brasileiros no trimestre até outubro.

Com isso, a taxa de desocupação ficou em 14,3%. Em termos absolutos, o contingente de desempregados segue próximo do recorde, de 14,105 milhões, registrado na virada de 2016 para 2017, fundo do poço da recessão de 2014 a 2016.

Na comparação com o trimestre móvel imediatamente anterior, o contingente de desocupados cresceu 7,1%, com 931 mil brasileiro a mais no desemprego. Ante um ano atrás, a alta foi de 13,7%, com 1,694 milhão de desocupados a mais.

O crescimento da desocupação já era esperado porque grande parte dos trabalhadores que perderam seus trabalhos, ou seja, saíram da população ocupada, foram para fora da força de trabalho. Por causa das medidas de isolamento social para conter a pandemia de covid-19, muitos que perderam suas ocupações, tanto formais quanto informais, ficaram em casa e evitaram procurar novas vagas.

Pela metodologia internacional das estatísticas de mercado de trabalho, seguida pelo IBGE, só é considerado desocupada a pessoa que tomou alguma atitude para buscar ativamente um trabalho.

Assim, conforme as medidas de isolamento foram sendo flexibilizadas, ao longo do terceiro trimestre, a partir de junho, mais trabalhadores voltaram, aos poucos, a procurar trabalho. Aqueles que não encontraram foram considerados desocupados.

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