Sob um clima constrangedor gerado pelo desligamento do atacante Roger, a Ponte Preta tenta se armar para vencer o Santos, sábado à noite, no estádio Moisés Lucarelli, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time de Campinas viveu outro dia agitado onde as conversas giraram em torno de Roger, afastado por ter assinado um pré-contrato com o Botafogo.

O gerente de futebol, Gustavo Bueno, deu uma entrevista coletiva para explicar os motivos do desligamento do atleta, vice-artilheiro do time, com oito gols. “O que mais pegou mal foi ele ter ido para o Rio de Janeiro e fazer exames médicos. Como um líder do elenco, ele expôs a instituição Ponte Preta”, afirmou. Segundo a diretoria, seus salários serão pagos normalmente. Ele tem contrato até dezembro. Revelado no clube, ele defendeu a Ponte por 147 jogos e marcou 47 gols em três passagens pelo time.

O artilheiro da Ponte no ano recebia R$ 80 mil por mês e pedia uma valorização, já que seu reserva, Wellington Paulista, recebe o teto salarial: R$ 120 mil. A diretoria ofereceu para ele 30% de valorização, além da promessa de reajuste caso algum reforço assinasse em 2017 recebendo mais do que ele. Ainda assim, Roger receberia aproximadamente R$ 104 mil por mês. Ele assinou no Botafogo por R$ 150 mil.

SEM POLÊMICA – O jogador preferiu evitar polêmicas. “Não entro no mérito da renovação e garanto que não há culpados, nem eu, nem o clube”. Ele aproveitou a semana passada, quando não viajou para Recife por estar suspenso – a Ponte perdeu para o Sport por 1 a 0 – e acertou seu pré-contrato. Na última terça-feira, ele foi até o Rio de Janeiro para fazer exames médicos.

“Fiquei surpreso por ser afastado do grupo nestes últimos cinco jogos. Mas aceitei uma proposta maior, mesmo porque meu filho faz parte da escolinha do Barcelona e fará um torneio lá no Rio. Além disso, confio no Botafogo e o time vai disputar a Copa Libertadores”, declarou o atacante.

MUDANÇAS – Sem Roger, o técnico Eduardo Baptista vai manter Pottker no comando de ataque ao lado de Rhayner e Clayson. A novidade foi a volta de Douglas Grolli na defesa no lugar de Fábio Ferreira, que vem se desgastado com várias falhas individuais seguidas. O time fará um último treino na sexta-feira cedo no gramado do Moisés Lucarelli e depois vai iniciar a concentração.

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A Ponte Preta não trabalha com a possibilidade de mudança de horário ou dia do jogo. O comando da Polícia Militar de Campinas pediu à CBF, terça-feira, uma mudança de data para o jogo entre Ponte e Santos ou entre Boa e Guarani pela decisão da Série C do Campeonato Brasileiro. Embora a final aconteça em Varginha (MG), o policiamento teme por um confronto entre as torcidas rivais, além dos santistas dentro de Campinas.


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