O ex-chefe da diplomacia americana Mike Pompeo requisitou agentes pagos com dinheiro dos contribuintes americanos para realizarem tarefas pessoais, uma violação de ética mencionada em um relatório do inspetor-geral do Departamento de Estado apresentado nesta sexta-feira.

A acusação é resultado de investigações internas que geraram polêmica quando o ex-presidente Donald Trump destituiu em maio passado, a pedido de Pompeo, o inspetor-geral que abriu a investigação. Os questionamentos, no entanto, continuaram, e seu resultado é divulgado no momento em que Pompeo se encontra mergulhado em uma campanha visando a disputar a candidatura republicana para as eleições presidenciais de 2024.

O gabinete do inspetor-geral constatou que Pompeo e a mulher, Susan, atribuíram por mais de 100 vezes “tarefas de natureza pessoal a um agente recrutado com base em critérios políticos e a outros funcionários do gabinete do secretário de Estado”, aponta o relatório. No ano passado, Pompeo classificou as suspeitas de “loucas” e criticou o inspetor que abriu a investigação, Steve Linick.

O relatório também menciona que o filho do casal, Nick Pompeo, beneficiou-se de um desconto reservado a funcionários do governo em um hotel, quando acompanhou os pais em uma partida de futebol americano relatada como uma viagem oficial.

O documento, no entanto, não recomenda nenhuma medida punitiva contra Pompeo, contratado recentemente pelo canal de TV conservador Fox News para atuar como comentarista político.

O ex-secretário de Estado foi acusado repetidamente pelos democratas de usar o cargo para obter benefícios políticos, organizando, por exemplo, jantares com personalidades e doadores conservadores no Departamento de Estado.

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