Pompeo diz que Turquia ‘protegerá’ combatentes curdos sírios

Pompeo diz que Turquia

O secretário americano de Estado, Mike Pompeo, declarou nesta segunda-feira que a Turquia prometeu proteger os combatentes curdos na Síria, ao iniciar uma viagem pelo Oriente Médio e após a decisão do presidente Donald Trump de retirar as tropas dos EUA da frente síria.

Pompeo disse que a garantia foi dada diretamente pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que já ameaçou repetidamente os combatentes curdos aliados dos Estados Unidos na Síria no combate ao grupo extremista Estado Islâmico (EI).

“O presidente Erdogan se comprometeu com o presidente Trump quando os dois discutiram como isto deveria ocorrer: que os turcos continuarão com a campanha contra o EI após nossa partida e que os turcos garantirão que o pessoal que lutava conosco, que nos ajudaram contra o EI, estarão protegidos”, revelou Pompeo à rede de televisão CNBC.

Erdogan conversou com Trump pouco antes do anúncio do presidente americano, em 19 de dezembro, de que o EI estava derrotado e que os EUA retirariam seus 2 mil militares na Síria.

As Unidades de Proteção do Povo Curdo da Síria, apoiadas pelos Estados Unidos, formam a coluna vertebral das forças democráticas sírias de oposição, mas Erdogan as considera ligadas ao PKK, que tem se insurgido na Turquia em nome da minoria curda.

Nesta segunda-feira, Trump tentou dissipar os temores de uma retirada abrupta das tropas americanas da Síria e disse que esta será feita em um “ritmo adequado” e de forma “prudente”.

“Deixaremos [a Síria] em um ritmo adequado, enquanto continuaremos lutando contra o Estado Islâmico e fazendo tudo o que for prudente e necessário!”, tuitou o presidente.

Pompeo garantiu ainda que os EUA não permitirão que o grupo Estado Islâmico (EI) se reagrupe, afirmando que Washington “está comprometido com todas as missões que acertou (com os países árabes) nos últimos dois anos”.

“Confio que continuaremos garantindo que não volte a ocorrer o crescimento que experimentou o ISIS (EI) sob a administração de (Barack) Obama”, disse a bordo do avião antes de realizar sua mais longa missão no exterior desde que assumiu o cargo, no ano passado.