Os Estados Unidos alertaram nesta terça-feira (30) os talibãs sobre ataques contra os americanos, em meio à indignação com as supostas recompensas oferecidas pela Rússia para atacar tropas americanas.

Em um telefonema com o negociador do grupo talibã, Mullah Baradar, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, “deixou clara a expectativa de que os talibãs honrem seus compromissos, que incluem não atacar os americanos”, segundo um comunicado do gabinete do chefe da chancelaria americana.

Pompeo e Baradar discutiram a implementação de um acordo de 29 de fevereiro entre os talibãs e Washington, para começar a retirar tropas como parte da tentativa do presidente Donald Trump de acabar com a guerra mais longa dos Estados Unidos.

Autoridades americanas dizem que os talibãs cumpriram sua promessa de não atacar a coalizão liderada pelos Estados Unidos, mas manteve as ações contra as forças do governo afegão, complicando as tentativas de iniciar negociações de um acordo de paz entre os dois lados.

O jornal The New York Times e outros meios de comunicação dos Estados Unidos relataram que Trump recebeu informações sobre uma unidade de espionagem russa que havia oferecido recompensas a militantes ligados aos talibãs para matar soldados americanos.

Trump insiste que não foi informado sobre isso, mas os legisladores democratas e até alguns republicanos exigiram mais explicações.

Mais cedo, os talibãs informaram sobre a conversa entre Baradar Pompeo, na qual o representante teria dito ao secretário de Estado que os guerrilheiros “não permitem que ninguém use solo afegão contra os Estados Unidos e outros países”.