O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, considerou que o Irã é mais “desestabilizador” do que a Coreia do Norte e destacou a necessidade de abordar as relações com ambos os países de maneira diferente.

“Deixamos muito claro que essas situações são muito diferentes”, disse à emissora de televisão CBS, segundo trechos publicados pelo Departamento de Estado.

Washington estabeleceu 12 condições para manter conversas com o Irã, embora o presidente Donald Trump praticamente não tenham imposto nenhuma para se reunir com o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, no ano passado e a Casa Branca tenha mantido contatos de acompanhamento com Pyongyang.

“A Coreia do Norte atualmente tem armas, armas nucleares, capazes de chegar aos Estados Unidos”, indicou Pompeo. “Essa é uma ameaça à qual o presidente presidente Trump disse que temos que fazer frente e fazer imediatamente. O presidente escolheu se reunir com o presidente Kim”.

Depois da histórica cúpula realizada em junho do ano passado em Singapura, Trump e Kim planejam realizar um novo encontro em Hanói de 27 a 28 de fevereiro.

“A Coreia do Norte se comporta de maneira muito diferente. Não estão desestabilizando o Iêmen. Não estão desestabilizando a Síria. Não estão realizando grandes campanhas de assassinato”, manifestou o chefe da diplomacia americana.

“Os comportamentos desses países são diferentes, portanto também é a forma como os Estados Unidos lidam com isso”, sentenciou.

Nos últimos anos, o governo americano acusou em várias ocasiões a Coreia do Norte de desestabilizar seus vizinhos do leste asiático com sua corrida armamentista e seus mísseis apontados para Seul.

De fato, esta é a principal razão para a presença militar americana na Coreia do Sul e no Japão, com o objetivo de ajudar a proteger esses aliados contra a ameaça norte-coreana.

Além disso, nos relatórios do Departamento de Estado, o governo de Kim é descrito como um dos que mais viola os direitos humanos no mundo.