23/06/2022 - 18:00
Além de contribuir para o aquecimento global, a poluição do ar também tem o potencial de causar diversos problemas à saúde, incluindo doenças cardiovasculares e câncer de pulmão. Mas isso não é tudo: ela também pode reduzir a expectativa de vida em cerca de dois anos, de acordo com uma nova pesquisa.
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Assinado pelo Instituto de Política Energética da Universidade de Chicago (EPIC), nos Estados Unidos, o Annual Update (Atualização Anual, em tradução livre) de 2022 contém descobertas sobre o chamado “Índice de Qualidade de Vida do Ar”.
De acordo com a “Slice”, de onde são as informações, os resultados indicam que reduzir permanentemente a poluição do ar para atender às expectativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) adicionaria até 2,2 anos à expectativa de vida humana média.
Poluição do ar pode ser mais devastadora do que álcool e cigarros
Segundo o estudo do EPIC, a poluição do ar pode ser mais devastadora do que fumar cigarros e consumir bebidas alcoólicas. Isso porque a redução da expectativa de vida causada por fumar cigarros é de 1,9 ano e por beber álcool é de oito meses.
Nesse sentido, os efeitos devastadores da poluição do ar podem ser ainda piores nas regiões mais afetadas por ele, como no sul da Ásia — especialmente em Bangladesh, Índia, Nepal e Paquistão, segundo o portal. Os dados sugerem que, se a poluição fosse reduzida de acordo com as diretrizes da OMS nesses países, a população poderia viver até cinco anos mais.
Do mesmo modo, as regiões central e oeste da África — em países como República Democrática do Congo, Ruanda e Burundi — também são afetadas. Lá, mais de 97% da população é exposta a níveis de poluição que ultrapassam os níveis das diretrizes da OMS. Nessa região, a expectativa de vida média é 1,6 ano menor para os residentes e até cinco anos menor nas áreas com as maiores concentrações de poluição.