Varsóvia convocou nesta segunda-feira seu embaixador em Israel, depois que Jerusalém fez o mesmo devido a uma lei polonesa que limita a restituição de bens confiscados durante a Segunda Guerra Mundial, que os israelenses consideram antissemita.

O presidente polonês, Andrzej Duda, aprovou no último sábado uma lei que, segundo alega, irá reforçar a segurança jurídica no mercado de propriedades. Mas adversários afirmam que a mesma é injusta para as pessoas com reivindicações legítimas, incluindo sobreviventes do Holocausto e suas famílias.

“O embaixador em Israel permanecerá na Polônia até novo aviso”, informou a chancelaria polonesa, segundo a qual a medida foi uma resposta às “recentes ações injustificadas do Estado de Israel, incluindo sua decisão infundada de diminuir o nível das relações diplomáticas”.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, chamou no sábado seu embaixador na Polônia, devido à nova lei. Os Estados Unidos também expressaram incômodo com a mesma.

O premier da Polônia, Mateusz Morawiecki, rejeitou neste domingo as acusações de antissemitismo, qualificando a decisão israelense de chamar seu representante em Varsóvia para consultas como “irresponsável e sem fundamento”. “Ninguém que conheça a verdade sobre o Holocausto e o sofrimento da Polônia durante a Segunda Guerra Mundial pode aceitar essa forma de fazer política”, publicou no Facebook.