A Polônia concedeu um visto humanitário para a atleta olímpica bielorrussa Kristina Tsimanuskaya, após denunciar que sua equipe tentou obrigá-la a deixar o Japão – anunciou o vice-ministro polonês dos Assuntos Exteriores, Marcin Przydacz, nesta segunda-feira (2).

Tsimanuskaya “já está em contato direto com diplomatas poloneses em Tóquio. Recebeu um visto humanitário. A Polônia fará o que for necessário para ajudá-la a continuar sua carreira esportiva”, tuitou Przydacz.

Ao canal de notícias TVN24, o vice-ministro contou que Tsimanuskaya entrou em contato com a Polônia em busca de ajuda, diante de sua situação “bastante difícil”, e que está “segura em território da nossa embaixada” em Tóquio.

“A Polônia oferece apoio aos cidadãos bielorrussos que, por razões políticas, queiram partir de Belarus, ou que não queiram voltar para Belarus”, frisou.

Autoridades do Ministério das Relaçõess Exteriores citadas pela imprensa polonesa informaram que a atleta deve viajar para Varsóvia esta semana.

Mais cedo, o marido da atleta, Arseny Zdanevich, havia dito à AFP que Kristina Tsimanuskaya “provavelmente” viajaria para a Polônia.

“Provavelmente irá à Polônia”, afirmou Zdanevich, de Kiev, aonde chegou por causa do conflito entre sua esposa e as autoridades bielorrussas.

“Me encontro em território ucraniano e pretendo me juntar à minha mulher”, acrescentou.

“Estivemos em contato ontem e hoje (pela manhã), mas agora não está localizável”, havia dito ele à AFP por volta das 7h (horário de Brasília).

Segundo Alexander Opeikin, diretor-executivo da Fundação Bielorrussa para a Solidariedade Esportiva (BSSF), uma organização que apoia os atletas deste país, Kristina Tsimanuskaya “preencheu os documentos para obter asilo político na Polônia”.

Polônia, República Tcheca e Eslováquia se ofereceram para acolher a atleta olímpica bielorrussa.

dt/amj/yad/mar/zm/grp/mar/tt