O Botafogo confirmou o favoritismo e conquistou, no domingo, o título do Troféu Brasil de Polo Aquático, mais tradicional competição interclubes do País no masculino. Flamengo, Fluminense, Paulistano, Sesi e Pinheiros, entre um total de 10 clubes, boicotaram o torneio por desavenças com a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).

Apesar do amplo boicote, a realização do torneio era de fundamental importância para a seleção brasileira pensando nos Jogos Olímpicos Rio-2016. O goleiro sérvio Solobodan Soro, que desde fevereiro de 2014 recebe mais de R$ 20 mil mensais da CBDA para se naturalizar brasileiro, até agora não conseguiu autorização da Federação Internacional de Natação (Fina) para defender o Brasil. E o Troféu Brasil deverá ser determinante para a liberação.

A Fina até agora não se convenceu de que Soro joga por um clube brasileiro. Até a temporada passada, afinal, era o goleiro titular do Partizan Belgrado na Liga dos Campeões da Europa. Jogar o Troféu Brasil seria a comprovação de que o sérvio agora atua regularmente pelo Botafogo.

Para viabilizar o torneio, com quatro clubes, o Botafogo inscreveu dois times. A equipe principal, além de Soro, tinha Jonas Crivella, Paulo Salemi e os irmãos Bernardo e Guilherme Gomes, todos da seleção brasileira. O time B, na verdade, era uma equipe de veteranos do polo aquático do Rio.

A competição teve apenas oito jogos, sempre na piscina do Botafogo, de quinta a domingo. Botafogo ‘A’ e Botafogo ‘B’ se enfrentaram pela segunda rodada, com vitória do time principal por 17 a 5. A final foi contra o ABDA Bauru, time de um projeto social reforçado por dois jogadores da seleção júnior da Hungria. O Botafogo ‘B’ terminou em quarto, derrotado também pelo Iate Clube de Brasília, que, até o boicote, almejava briga pelo título de uma espécie de segunda divisão.

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