VARESE, 25 NOV (ANSA) – Políticos italianos, incluindo a premiê do país, Giorgia Meloni, se despediram nesta sexta-feira (25) do ex-ministro do Interior e ex-governador da Lombardia Roberto Maroni durante um funeral do Estado realizado na basílica de San Vittore, em Varese.
Maroni morreu na última terça-feira (22) após enfrentar uma “grave doença”, que não foi informada pela família. Ele estava afastado da vida pública, pela qual militava pelo partido ultranacionalista Liga, desde o ano passado, quando desistiu de tentar ser prefeito de sua cidade natal para passar por tratamento.
Além de Meloni, estiveram presentes no funeral diversos ministros do atual governo, o presidente da Câmara dos Deputados, Lorenzo Fontana, do Senado, Ignazio La Russa, e os governadores da Liga Attilio Fontana, da Lombardia, Massimiliano Fedriga, de Friuli Veneza Giulia, e Luca Zaia, do Vêneto.
A missa na basílica foi celebrada pelo arcebispo de Milão, monsenhor Mario Delpini, que afirmou que Maroni “era um homem político capaz de paixão e moderação, de determinação sem agressividade”. “Era capaz de fazer a cura juntos, de propor e de fazer a sua parte”, afirmou.
Também na celebração, o bispo auxiliar de Milão, Giuseppe Vegezzi, destacou ainda que “aqui em Varese ouvi muito as pessoas dizerem nesses dias que ‘ele era um de nós’. É bonito quando um político consegue se fazer perceber ‘como um de nós'”.
“Tinha um estilo capaz de ouvir e entender a todos e sempre entendeu o compromisso político como um serviço para o bem de todos os cidadãos. Um homem sempre pronto para dialogar e nunca focado em destruir”, acrescentou Vegezzi.
Apesar de sempre ter militado na direita, a morte de Maroni foi lamentada por políticos de todos os espectros políticos, incluindo rivais declarados como o prefeito de Milão, Giuseppe Sala, e o ex-premiê Matteo Renzi.
Maroni ocupou o cargo de ministro do Interior da Itália por duas vezes (1994-1995 e 2008-2011), ministro do Trabalho (2001-2006) e de governador da região da Lombardia (2013-2018).
Também foi deputado entre os anos de 1992 e 2013. (ANSA).