Conhecido internacionalmente pela defesa dos direitos humanos e pela atuação em prol dos povos indígenas, o bispo emérito Dom Pedro Casaldáliga, que morreu hoje, foi homenageado nas redes sociais por políticos e personalidades brasileiras. O religioso da Prelazia de São Félix do Araguaia (MT) tinha 92 anos e estava internado desde o dia 27 com graves problemas respiratórios.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o povo perde um defensor e exemplo de vida generosa na luta por um mundo melhor. “Fará muita falta”, afirmou. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) disse que o trabalho de Casaldáliga na defesa dos povos indígenas seguirá sendo exemplo para todos, “ainda mais nestes tempos de ataques aos povos tradicionais”. Pré-candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos disse que a morte do bispo deixa um vazio na luta contra o autoritarismo, “tão fundamental neste momento”.

Outros políticos também se manifestaram nas redes sociais. De Mato Grosso, o senador Carlos Fávaro (PSD) afirmou que “a história viva, construída na luta de Dom Pedro Casaldáliga, encerra um capítulo, mas segue eterna em seu legado”.

Líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) destacou que Casaldáliga “será farol para inspirar”. O senador Humberto Costa (PT-PE) disse que as palavras do bispo seguem ecoando. “‘Todo opressor é obsessivo’, disse ele em uma entrevista antiga, que só foi divulgada recentemente. Não poderia ser mais atual.” A deputada federal Margarida Salomão (PT-MG) classificou a morte de Casaldáliga como uma perda “sem tamanho” para o País. O também deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) afirmou que o bispo foi um exemplo de caridade, doação e comprometimento com os mais pobres e excluídos.

Presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, dedicou a reunião do Diretório Nacional do partido nesta tarde a Casaldáliga, que, disse, foi um grande nome em defesa da democracia, da justiça social e da liberdade. O deputado federal da sigla Marcelo Freixo (RJ) afirmou que o bispo foi uma de suas “grandes referências na defesa dos direitos dos excluídos”.

O teólogo e filósofo Leonardo Boff, expoente da Teologia da Libertação no Brasil, disse, em sua página oficial no Twitter, que o bispo emérito vive na memória de todos os que defendeu. “Dom Pedro Casaldáliga acabou de nascer para Deus. Dizia: a alternativa cristã é a vida ou a ressurreição. Vive na memória de todos os pobres que defendeu, dos martirizados pelo latifúndio, nos libertos da opressão e em nossa fé e em nossa esperança que ele nos fortaleceu.” O apresentador Luciano Huck também se manifestou. “Dom Pedro era uma liderança cristã à frente do seu tempo”, escreveu.

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