SÃO PAULO, 25 NOV (ANSA) – A morte de Diego Armando Maradona, ocorrida nesta quarta-feira (25), não teve repercussão apenas no mundo esportivo. Políticos de todos os campos ideológicos – da extrema-direita à esquerda – usaram suas redes sociais ou canais oficiais para lamentarem a morte do craque argentino.   

Uma das primeiras manifestações veio do presidente da Argentina, Alberto Fernández, que agradeceu o ex-jogador “por ter existido” e disse que sentirá falta de Maradona “por toda a vida”. “Nos levaste no lugar mais alto do mundo. Nos fizesse imensamente felizes. Fosse o maior de todos”, escreveu o mandatário.   

Fernández também publicou uma mensagem do ex-presidente uruguaio José Mujica, e de sua esposa, a senadora Lucía Topolansky, em que ambos afirmam estarem muito tristes com o falecimento do ex-jogador “que transcendeu as fronteiras de sua querida Argentina” e que deseja um abraço para “a família e a todos os torcedores amantes do futebol”.   

Muito amigo do ídolo argentino, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez uma série de postagens em seu Twitter falando do ex-atleta. “Muita tristeza, nos deixou a lenda do futebol, um irmão e amigo incondicional da Venezuela. Querido e irreverente ‘Pelusa’, sempre estarás em meu coração e em meus pensamentos. Não tenho palavras para expressar o que sinto”, escreveu em uma das postagens.   

O jornal oficial do governo cubano, Granma, publicou uma matéria especial sobre o ex-jogador argentino e disse que o “povo envia suas condolências a familiares e seguidores do astro argentino do futebol”. Maradona idolatrava tanto Fidel Castro que tinha uma tatuagem do líder da revolução cubana e, por coincidência, faleceu no mesmo dia em que o ditador.   

O ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva postou duas mensagens em seu Twitter lamentando a morte de “um gigante do futebol, da Argentina e de todo o mundo, um talento e uma personalidade única”.   

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“A sua genialidade e paixão no campo, a sua intensidade na vida e seu compromisso com a soberania latinoamericano [sic] marcaram nossa época. No campo, foi um dos maiores adversários, talvez o maior, que a seleção brasileira já enfrentou. Fora da rivalidade esportiva, foi um grande amigo do Brasil. Só posso agradecer toda sua solidariedade com as causas populares e com o povo brasileiro. Maradona jamais será esquecido”, escreveu Lula.   

Já o ex-presidente da Bolívia Evo Morales lembrou dos inúmeros encontros que teve com Maradona e manifestou sua “dor” pela morte de uma “pessoa que sentia e lutava pelos humildes”.   

“Com dor na alma, soube da morte de meu irmão de alma, Diego Armando Maradona. Uma pessoa que sentia e lutava pelos humildes, o melhor jogador de futebol do mundo”, escreveu Morales.   

Outro político a se manifestar foi o presidente de Israel, Reuven Rivlin, que lamentou a morte “de uma verdadeira lenda que levou alegria e luz a milhões de pessoas durante uma carreira deslumbrante”. “Era um maravilhoso artista do futebol”, acrescentou o israelense.   

– Itália: Na Itália, o primeiro a se manifestar foi o premiê Giuseppe Conte, que disse que , com seu “talento inigualável”, o ex-craque escreveu “páginas inesquecíveis na história do futebol”. “Adeus, eterno campeão”, declarou.   

Quem também se manifestou foi o ex-primeiro-ministro e presidente do partido Força Itália, Silvio Berlusconi. “Grande campeão na vida e extraordinário adversário em campo. Com Maradona, nos deixa um símbolo e uma bandeira do futebol. Estou muito triste”, disse Berlusconi, que por cerca de 30 anos foi presidente do Milan.   

A sigla governista Movimento Cinco Estrelas (M5S) emitiu uma nota oficial em que diz que “a Itália perde hoje o maior ícone do mundo do futebol, um campeão absoluto”.   

“Maradona fez gerações sonharem e representou bem o seu desejo de resgate. Encantou todos que sempre viram no futebol a mais bela das paixões, e frequentemente, a única forma de integração.   

Um personagem discutível, na vida esportiva e privada, mas que a recordação permanecerá indelével nos corações de todos nós”, diz o comunicado firmado pelos deputados da sigla.   

O líder da sigla de extrema-direita Liga, Matteo Salvini, afirmou que o ex-jogador “foi genial, inigualável, mágico, poético”. “É o momento de relembrar as suas pérolas. Em campo, foi o número um absoluto, e não cabe a nós comentar sobre outros assuntos”, disse em entrevista à “Radio Radio”. (ANSA).   


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