Os Estados Unidos devem manter a política monetária apertada por mais tempo, à medida que se debate no momento se será necessário elevar mais ou não os juros no país. A avaliação é do diretor do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rodrigo Valdés, que participou no período da tarde desta segunda-feira, 13, de evento da Fundação Getulio Vargas (FGV), em São Paulo.

Valdés notou que esse aperto gera efeitos não apenas no país, mas em toda a região. Mas considerou o quadro normal, diante da força recente da economia americana.

O FMI estima que os EUA devem crescer 2,1% em 2023 e 1,5% em 2024, segundo projeção atualizada em outubro e confirmada nesta segunda-feira.

O representante do FMI disse também que o crescimento do PIB americano no terceiro trimestre “foi realmente muito forte”. Agora, o mercado de trabalho desacelera, mas em ritmo bastante lento, notou.

Valdés comentou que o dólar tem estado “particularmente forte” e que o avanço recente dos juros dos Treasuries nos vencimentos mais longos não é fruto da política monetária nem das expectativas da inflação. “O juro real de longo prazo é que cresceu muito”, avaliou.