O comissário da União Europeia para Economia, Paolo Gentiloni, defendeu nesta sexta-feira, 15, que a política fiscal na região deve atuar como um “complemento” aos esforços de restrição do Banco Central Europeu (BCE), com objetivo de conter a inflação. “Isso não significa cortar investimentos, mas significa, sim, em particular, eliminar gradualmente medidas de apoio para energia ainda restantes”, afirmou, em coletiva de imprensa no âmbito de encontros do Eurogrupo e do Ecofin, que reúne os ministros das Finanças do bloco.

Gentiloni também argumentou que os países devem trabalhar para fechar um acordo por reformas fiscais até o final deste ano.

Segundo ele, a garantia de um crescimento econômico sustentável e estável depende uma estrutura de política fiscal comum. “Por isso, é essencial que alcancemos um bom acordo até o fim do ano”, disse.

Na mesma coletiva, o presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe, afirmou que a economia da zona do euro perdeu ímpeto nos últimos meses, diante dos efeitos de choques passados e da política mais restritiva. “Mas a resiliência da economia ainda está muito clara. Isso é demonstrado pelo continuo desempenho forte do mercado de trabalho”, comentou.

Ainda assim, Donohoe ressaltou a visão consensual dos ministros na região de que a política fiscal deve ser “prudente” e buscar uma postura restritiva. “Ela precisa trabalhar em linha com as mudanças feitas no nível da política monetária”, comentou.