WASHINGTON, 13 ABR (ANSA) – A policial americana Kim Potter, autora do disparo que matou um jovem negro de 20 anos em Minneapolis, nos Estados Unidos, anunciou nesta terça-feira (13) sua demissão imediata do cargo, “no melhor interesse da comunidade”. A agente veterana apresentou sua renúncia em uma breve carta ao prefeito de Brooklyn Center, Mike Elliott, e ao chefe da polícia local, Tim Gannon, que também se demitiu.
“Adorei cada minuto de ser uma policial e servir esta comunidade com o melhor de minha capacidade, mas acredito que é do melhor interesse da comunidade, do departamento e de meus colegas policiais se eu renunciar imediatamente”, escreveu Potter, segundo o jornal americano “The Washington Post”.
No último domingo (11), as autoridades americanas pararam o jovem Daunte Wright em uma blitz por estar usando purificadores de ar no espelho do seu veículo, o que é proibido por lei. Na ocasião, os policiais identificaram um mandado de prisão em nome de Wright, que tentou fugir. Ao entrar no automóvel, o norte-americano foi atingido por um tiro e não resistiu.
De acordo com a polícia de Minneapolis, Wright foi baleado acidentalmente por Potter, que durante a ação teria confundido sua arma não letal (taser) com o revólver.
O procurador da Comarca de Washington, Pete Orput, afirmou que espera concluir uma revisão “completa, porém rápida” de possíveis acusações criminais sobre o caso até esta quarta-feira (14).
Segundo a imprensa americana, Potter contratou para sua defesa o advogado Earl Gray, que está representando o ex-policial de Minneapolis Thomas Lane, acusado pela morte de George Floyd.
O caso envolvendo Wright ocorreu a cerca de 16 quilômetros do local da morte de Floyd, em 25 de maio de 2020, e que foi o estopim para grandes manifestações antirracismo por todo o país e mundo.
Hoje, inclusive, as famílias das duas vítimas apareceram juntas diante das câmeras de televisão. “Vamos lutar pela justiça, pela de George e pela de Daunte. Vamos apoiá-la”, afirmou o irmão de Floyd à mãe de Wright. (ANSA)