Um policial, que foi “agredido fisicamente” por manifestantes, matou um homem de 48 anos na Nova Caledônia nesta sexta-feira (24), elevando para sete o número de mortos nos distúrbios neste arquipélago francês, segundo o Ministério Público.

“Um grupo de cerca de quinze indivíduos atacou fisicamente” dois policiais que viajavam por Doumbéa, a norte da capital da Caledônia, Nouméa, informou o procurador Yves Dupas em comunicado.

“Em circunstâncias ainda a determinar, o funcionário teria disparado com sua arma de serviço para escapar à altercação física”, acrescentou o MP, que abriu uma investigação.

A morte ocorre um dia após a visita do presidente francês, Emmanuel Macron, para tentar apaziguar os distúrbios neste território situado no oceano Pacífico, colonizado pela França desde o século XIX.

Sete pessoas, incluindo dois gendarmes, morreram na Nova Caledônia desde o início dos motins em 13 de maio entre a oposição do povo indígena kanak, em sua maioria pró-independência, e os habitantes leais à França, devido a uma reforma dos cadernos eleitorais locais que o governo francês quer aprovar até ao final de junho.

O plano procura estender o direito de voto nas eleições provinciais a quem vive há pelo menos dez anos neste território localizado a cerca de 17 mil quilômetros da França.

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