03/04/2024 - 15:16
Um dos suspeitos de ajudar os detentos Rogério Mendonça e Deibson Nascimento a fugir da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, foi preso na segunda-feira, 1°, em uma pousada na Praia do Futuro, em Fortaleza (CE).
De acordo com o g1, o homem foi localizado pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Ceará. Ele é natural de Baraúnas (RN) e teria relações próximas com um outro suspeito de integrar uma rede de apoio formada por uma facção criminosa ligada aos fugitivos.
A ISTOÉ entrou em contato com a Polícia Federal para obter mais informações sobre o caso, mas não houve resposta até o momento.
Prisões
No dia 8 de março, a polícia prendeu um homem, de 31 anos, suspeito de fazer parte de uma organização criminosa e de ajudar Rogério Mendonça e Deibson Nascimento. O pedido de prisão preventiva foi expedido pela 8ª Vara Federal de Mossoró.
Outras seis detenções, cinco em cumprimento a mandados de prisão, além de uma prisão em flagrante, já foram realizadas pela Polícia Federal.
Relembre o caso
Rogério e Deibson conseguiram fugir do presídio federal de Mossoró no dia 14 de fevereiro e estão foragidos desde então. Para escapar da penitenciária, eles abriram passagem por um buraco atrás de uma luminária da cela.
Os dois são ligados ao Comando Vermelho e estavam detidos no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, Acre. Após uma rebelião, eles foram transferidos para o presídio de Mossoró, onde estavam em RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) desde setembro de 2023.
O RDD está previsto no artigo 52 da Lei Federal n° 10.792/03, que alterou a Lei Federal n° 7.210/84, e estabelece a transferência de detentos para presídios federais de segurança máxima, nos quais ficam em celas individuais com possibilidade de visitas quinzenais por duas horas e banho de sol diários também por duas horas, em grupo de até quatro detentos, desde que não sejam da mesma facção criminosa.
No caso de Rogério e Deibson, os dois tomavam banho de sol por meio de uma luminária dentro das celas.
As buscas pelos fugitivos incluem helicópteros, drones, cães farejadores e outros equipamentos. Além disso, há o envolvimento de mais de 500 agentes, incluindo a Força Nacional e equipes de elite da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.