Polícia prende suspeita de participar da execução de Ruy Ferraz Fontes

Ruy Ferraz Fontes, ex-chefe da Polícia Civil de SP: PCC determinou sua execução, segundo MP
Ruy Ferraz Fontes, ex-chefe da Polícia Civil de SP: PCC determinou sua execução, segundo MP Foto: Divulgação/Polícia Civil

A Justiça decretou na madrugada desta quinta-feira, 18, a prisão temporária de uma mulher suspeita de participar da execução do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes. Conforme as informações da TV Globo, trata-se de Dahesly Oliveira Pires, de 25 anos.

Segundo os policiais, a mulher teria ido buscar um dos fuzis usados no crime. Ela é a terceira suspeita identificada pelo crime, ocorrido na Praia Grande (SP) na segunda-feira, 15, e a primeira presa.

O que se sabe sobre a execução

Fontes dirigia um Fiat Argo no final da tarde de segunda-feira, 15, quando passou a ser perseguido por criminosos em uma Toyota Hilux na Vila Caiçara, bairro da litorânea Praia Grande, onde atuava como Secretário municipal de Administração Pública.

Segundo a SSP, o ex-delegado ainda disparou contra os perseguidores antes de seu veículo colidir com um ônibus e a execução acontecer, por volta das 18h20.

 

Uma das suspeitas dos policiais é que a ação tenha sido obra da Sintonia Restrita, grupo de pistoleiros do PCC responsável no passado por planos para sequestrar o ex-juiz Sérgio Moro e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado).

Para promotores do Gaeco ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, “tudo indica que foi um crime de máfia”. Com histórico de combate à facção criminosa, Fontes já havia escapado de uma tentativa de execução em 2010.

Após o atentado, equipes da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), tropa de choque da Polícia Militar, foram enviadas ao litoral como parte de uma “força-tarefa” para localizar os responsáveis. Há expectativa de uma resposta dura dos policiais ao ocorrido.