O vice-Governador de Minas Gerais, Professor Mateus (Novo), afirmou neste domingo, 17, que o responsável por jogar a bomba que atingiu o fotógrafo Nuremberg José Maria, de 67 anos, na  final da Copa do Brasil 2024, na Arena MRV, foi preso.

“Parabéns à equipe de investigação da nossa Polícia Civil pelo trabalho sério e ágil. Aqui em Minas, violência não fica sem resposta”, escreveu o vice-governador.

Nurember foi atingindo por uma bomba durante uma confusão generalizada causada por torcedores do Atlético-MG. O time mineiro enfrentou o Flamengo, que se consagrou campeão após vencer a partida por 1 a 0.

O fotógrafo fraturou três dedos, além de ter rompido tendões e sofrido um corte o pé. Ele foi encaminhado para o Hospital João XXIII, onde passou por cirurgia.

No último dia 12, o CEO do Atlético-MG, Bruno Muzzi, revelou que o clube ofereceu assistência ao fotógrafo. De acordo com Muzzi, o Atlético pretende custear todas as despesas médicas do profissional. O clube não informou se o fotógrafo aceitou a proposta sobre o custeamento das despesas médicas.

Novas medidas de segurança

Muzzi destacou que o Atlético já avalia medidas para aumentar a segurança do seu estádio. Uma delas seria a instalação de vidros num dos níveis da arquibancada para evitar o arremesso de objetos no gramado. Outra seria aumentar o perímetro de segurança no acesso à arena.

“Não vamos nos isentar de culpa, erramos e vamos assumir. Iremos estabelecer medidas mais duras no nosso protocolo de segurança. Aquela selvageria não pode mais acontecer. Vamos nos defender na esfera da Justiça Desportiva e esperamos a punição seja nos mesmos moldes das aplicadas em casos similares.”

O dirigente lamentou ainda a hostilidade sofrida pela delegação do Flamengo e a decisão de tocar o hino atleticano durante a cerimônia de premiação do Flamengo, que levantou o troféu da Copa do Brasil no gramado da Arena MRV.

“Fomos bem tratados no jogo de ida da Copa do Brasil. E não houve essa reciprocidade aqui em Belo Horizonte. Lamentamos isso. Sobre o Hino do Galo após a partida, foi uma discussão interna acalorada, somos profissionais e é preciso saber ganhar e perder, ainda mais com o nosso planejamento para colocar o Atlético na disputa de todas as competições”, afirmou.

Muzzi afirmou também que a polícia militar precisa ter maior contingente em jogos de futebol. “Os seguranças particulares são treinadores para lidar com torcedores, e não com bandidos. Quem lida com bandido é a polícia”, afirmou o CEO, em declarações dadas antes da decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) de interditar a Arena MRV.

A decisão aconteceu no início da tarde desta terça-feira, a pedido da Procuradoria. Pela decisão, o Atlético terá que jogar suas próximas partidas como mandante longe de Belo Horizonte e sem a presença de torcedores.