WASHINGTON, 15 FEV (ANSA) – A polícia dos Estados Unidos negou nesta quinta-feira (15) que o jovem que assassinou 17 pessoas em uma escola na Flórida tenha ligações com supremacistas brancos.   

A notícia chega pouco depois de o líder de uma milícia extremista ter dito à agência “Associated Press” que Nikolas Cruz, 19, era integrante do grupo e passara até por treinamentos “paramilitares”. “Não há nenhuma ligação”, afirmou Grady Jordan, porta-voz do xerife do condado de Leon, base da “República da Flórida”, organização que defende a supremacia branca.   

Cruz, que havia sido expulso do colégio palco do massacre, foi interrogado nesta quinta e contou que começara a disparar contra estudantes nos corredores da escola. Ele levava munições escondidas em uma mochila. Quando os jovens iniciaram a correr, ele largou seu fuzil e tirou a indumentária que usava, se misturando à multidão.   

Em seguida, segundo a polícia, Cruz seguiu para um restaurante da rede McDonald’s, onde foi detido, 40 minutos depois do tiroteio. O jovem de 19 anos responderá por 17 acusações de homicídio premeditado e será mantido na cadeia, sem possibilidade de fiança.   

“Ele está triste e atormentado por remorsos”, afirmou Melisa McNeill, advogada do atirador. “Ele está plenamente ciente do ocorrido e é um ser humano destruído”, acrescentou. Ainda não se sabe o que teria levado Cruz a abrir fogo contra seus ex-colegas com um fuzil. (ANSA)