A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid iniciou por volta das 11h desta quinta-feira (2) a reunião que deveria ouvir Marconny Nunes Ribeiro Albernaz de Faria, apontado como intermediador da Precisa Medicamentos para a venda de vacinas Covaxin ao Ministério da Saúde. O depoente, porém, não compareceu à sessão. Segundo o presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM), a Polícia Legislativa do Senado estaria no “encalço” de Faria. Com a provável ausência de Faria no depoimento de hoje, a CPI deve ouvir na parte da tarde o ex-secretário de saúde do Distrito Federal Francisco Araújo Filho, que já está presente no Senado e disposto a prestar depoimento à comissão.

Aziz também informou que entrou em contato com a diretoria do hospital Sírio Libanês de São Paulo para confrontar a autenticidade do atestado médico oferecido ao empresário Marcos Tolentino, suposto integrante do esquema de favorecimento da Precisa na Saúde, que também já deveria ter sido ouvido pela CPI. Aziz colocou em xeque a autenticidade do atestado, assim como fez com a autenticidade do atestado oferecido à Marconny Faria ontem após o médico responsável pelo documento entrar em contato com a cúpula da CPI para informar que notou “simulação” por parte do paciente.

O vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que, se Faria não for localizado para ser conduzido ao depoimento, será requisitada sua prisão preventiva. De acordo com o senador, a CPI tem informações de que Marconny poderia estar tentando sair do País, e a medida seria uma maneira de impedir sua evasão.