A Polícia Civil de São Paulo investiga como “morte suspeita” o caso de Wellington Cirino Cardoso, encontrado sem vida às 17h30 da quinta-feira, 3, em seu apartamento em Pinheiros. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, um inquérito policial foi aberto pelo 14º Distrito Policial, que atua “em busca de elementos que auxiliem no esclarecimento dos fatos”.

O rapaz de 25 anos cursava Administração e, segundo amigos, começava a deslanchar a carreira como funcionário da IBM. Tanto o chefe quanto pessoas próximas começaram a desconfiar que havia algo errado quando ele faltou ao trabalho naquela quinta-feira, algo atípico no comportamento de Wellington, descrito como “extremamente responsável e maduro” apesar da pouca idade.

A causa da morte de Wellington ainda não foi estabelecida, mas amigos próximos descartam qualquer possibilidade de suicídio. Segundo os relatos, ele estava feliz com a recente mudança para o novo apartamento, no qual foi morar apenas três dias antes do crime.

De acordo com o Boletim de Ocorrência registrado no 14º DP, em Pinheiros, seu corpo foi encontrado no chão do quarto. “Havia uma poça de sangue junto à cabeça da vítima, que trajava terno azul ainda com etiquetas, constatando-se, também, um fio/pedaço de pano amarrado ao pescoço da mesma”, diz o documento ao qual o Estadão teve acesso.

Amigos do rapaz suspeitam que ele possa ter tido um encontro por aplicativo de relacionamentos gays. No local em que seu corpo foi achado, também havia uma camisinha usada, roupas espalhadas e um pó de cor branca próximo à sua barriga.

“Estivemos com ele até a quarta-feira de manhã, quando ele foi para casa porque precisava trabalhar. No fim do dia, mandei uma mensagem que já não deu confirmação de recebimento, o que achei estranho porque nos falávamos todos os dias”, conta Marcela Moreira Lopes, amiga de Wellington e advogada criminalista responsável pelo caso.

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O caso chamou atenção nas redes sociais ao longo da semana, onde usuários cobram ação da Polícia Civil. Segundo a SSP, os detalhes do inquérito “serão preservados para garantir autonomia ao trabalho policial” e “não há, até o momento, nenhuma relação” entre a morte de Wellington e outros casos. Amigos do rapaz, entretanto, não descartam a hipótese, mas pedem cautela e reforçam que, por ora, as afirmações não passam de especulação.


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