A gravação de um filme pornográfico, durante a tarde da última quinta-feira, 7, na Praia do Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio, virou caso de polícia. A filmagem ganhou repercussão depois que as cenas, registradas por pedestres e produtores do filme, foram reproduzidas em redes sociais. As imagens mostram um casal tendo relações sexuais na areia, diante de câmeras e produtores.

A Polícia Civil informou que abriu investigação “para apurar o crime de ato obsceno em razão de um casal de atores ter mantido relações sexuais durante filmagens”. Os atores que protagonizam a cena, assim como os representantes da produtora, serão intimados para depor na 42ª Delegacia de Polícia (Recreio dos Bandeirantes). A associação de moradores da região também estuda processar os envolvidos.

O produtor Brad Montana, responsável pela gravação, mostrou-se surpreso com a repercussão do caso. Em sua página no Facebook, ele afirmou que “não é novidade alguma que no mundo pornográfico são feitas cenas em praias, seja pelas produtoras brasileiras como também pelas internacionais”. “Não existem propriamente praias desertas no Brasil, já que é bem público de uso comum do povo, sendo inclusive ilegal que haja o impedimento da entrada de pessoas na praia. Ou seja, o importante é tentar evitar que pessoas estejam presentes, cabendo então aos produtores escolherem horários notoriamente com baixíssima presença de banhistas, bem como alguma ocasião que acabe por interditar a passagem de pessoas à praia. E foi exatamente o que aconteceu”, justificou Montana.

O produtor também alegou que a gravação foi feita em um trecho da praia que estava interditado por conta de obras da Olimpíada. “É importante destacar que a cena foi gravada às 13h e que no momento não havia banhistas e nem transeuntes nos arredores da praia(…). Vale lembrar que no momento da filmagem nenhuma reclamação/denúncia foi elaborada ou dirigida aos produtores, atores, nem para as autoridades. Logo, os que ali estavam, consentiram com o que estava sendo filmado, não havendo o que se falar em um suposto constrangimento das pessoas presentes”, afirmou.


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