A Polícia Civil de São Paulo instaurou um inquérito para apurar a cadeirada dada por José Luiz Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB) no debate realizado pela TV Cultura no domingo, 15. Ambos são candidatos à prefeitura de São Paulo.

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Após receber alta hospitalar nesta segunda, 16, Marçal prestou depoimento aos policiais sobre a agressão que sofreu e ofereceu uma representação criminal contra o adversário, conforme relatou a Secretaria estadual da Segurança Pública ao site IstoÉ.

Os agentes pediram que o ex-coach faça um exame de corpo de delito para continuar a investigação. Mestre em direito penal, Acacio Miranda da Silva afirmou ao site IstoÉ que o caso deve configurar uma lesão corporal leve, em que não há previsão de privação de liberdade, mas de “penas alternativas”.

Além da representação criminal, Marçal também disse que pedirá a cassação do registro da candidatura do oponente. Já Datena afirmou não ter se arrependido da cadeirada, já que foi “agredido verbal e moralmente” pelo político do PRTB.

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Relembre a agressão

No debate realizado pela TV Cultura, Marçal mirou sua artilharia inicial em Datena ao recuperar um processo em que o apresentador foi acusado de assédio sexual por uma repórter da Bandeirantes, emissora em que trabalhava.

O processo chegou às mãos da Justiça de São Paulo, mas a vítima recuou da acusação meses depois e chegou a escrever uma carta, protocolada em cartório, retirando as acusações.

O ex-coach voltou a acusar o tucano de cometer assédio e chegou a chamá-lo de “Jack”, gíria associada a abusadores. Ele chamava Datena de “covarde” e “arregão” quando o adversário deixou seu púlpito e avançou com uma cadeira em mãos, com a qual agrediu Marçal. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) entrou no meio para apartar a briga, que seguiu com troca de ofensas.

Datena foi expulso do encontro e Marçal foi levado de ambulância ao hospital Sírio Libanês. De acordo com o boletim médico, ele sofreu “traumatismo na região do tórax à direita e em punho direito”.