A Polícia Federal prendeu na quinta-feira, 20, o empresário Marcelo Fernandes Lima por ter furtado uma réplica da Constituição Federal de 1988 durante os atos golpistas do 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília (DF).
A prisão aconteceu após o recebimento do mandado expedido pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que o condenou a 17 anos de detenção pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada.
O empresário era considerado foragido e acabou sendo detido com o apoio da Polícia Militar de Minas Gerais. Imagens que circulam nas redes sociais mostram Marcelo de pé em cima da escultura “A Justiça”, que fica na frente do prédio do STF, envolto em uma bandeira do Brasil e segurando a réplica da Constituição.
Ele entregou o livro à Polícia Federal quatro dias após os atos. No dia 25 de janeiro, o empresário foi preso, mas acabou sendo solto com a condição de usar tornozeleira eletrônica.
“Além da pena de reclusão e detenção, o condenado deverá pagar, de forma solidária com os demais envolvidos, R$ 30 milhões em indenização por danos morais coletivos”, afirmou a Polícia Federal.