A Polícia Federal deflagrou uma nova operação nesta sexta-feira, 18, que mira a alta cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal por suposta omissão durante os atos golpistas de 8 de janeiro. De acordo com a GloboNews, um dos alvos da operação é o atual comandante-geral da corporação, coronel Klepter Rosa Gonçalves, que já foi preso.

No total, sete mandados de prisão preventiva estão sendo cumpridos. Os outros alvos da PF são o ex-comandante da corporação coronel Fábio Augusto Vieira, coronel Jorge Eduardo Barreto Naime – que já está preso -, Paulo José Ferreira de Souza Bezerra, Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, major Flávio Silvestre de Alencar e o tenente Rafael Pereira Martins.

Conforme a PF,  os mandados de prisão foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, após representação da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Além das prisões preventivas, a PF cumpre mandados de busca e apreensão, bloqueio de bens e afastamento das funções públicas. “Os pedidos foram feitos pelo coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos (GCAA), Carlos Frederico Santos, a partir do resultado de apurações realizadas nos últimos oito meses pelas equipes da PGR que atuam nas investigações da invasão e dos atos de vandalismo contra as sedes dos Três Poderes”, informa a PGR em nota.

Na representação, os procuradores mencionam a “constatação de que havia profunda contaminação ideológica de parte dos oficiais da Polícia Militar do DF ‘que se mostrou adepta de teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e de teorias golpistas’”.

A PGR destaca ainda que os agentes, que ocupavam cargos de comando da corporação, receberam, antes de 8 de janeiro deste ano, diversas informações de inteligência que indicavam as intenções golpistas do movimento e o risco iminente da efetiva invasão às sedes dos Três Poderes.

“Os denunciados conheciam previamente os riscos e aderiram de forma dolosa ao resultado criminoso previsível, omitindo-se no cumprimento do dever funcional de agir”, aponta a PGR.