Polícia faz operação após divulgação de vídeo que expõe jovem em casa paroquial

Imagens que viralizaram nas redes sociais mostram a mulher apenas de roupa íntima escondida embaixo da pia de um banheiro da Paróquia Nossa Senhora Aparecida

Divulgação/ PCMT
Foto: Divulgação/ PCMT

A Polícia Civil de Mato Grosso cumpriu, nesta quinta-feira, 16, quatro mandados de busca e apreensão em endereços ligados à divulgação indevida das imagens íntimas de uma jovem, em Nova Maringá (MT). O vídeo mostra a mulher, de 21 anos, apenas de roupa íntima escondida embaixo da pia de um banheiro dentro da casa paroquial. Após as imagens viralizarem nas redes sociais, a Diocese de Diamantino abriu uma investigação canônica contra o padre Luciano Braga Simplício, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida.

As ordens judiciais cumpridas nesta quinta-feira, 16, foram expedidas pela Justiça de São José do Rio Claro, com apoio da equipe da Delegacia de Tapurah, e têm como objetivo apreender dispositivos eletrônicos, como celulares, computadores e pen drives, que possam conter o vídeo ou trechos reproduzidos nas redes sociais.

As investigações apuram os crimes de constrangimento ilegal qualificado, invasão de domicílio, dano qualificado e exposição da intimidade, além de dano psicológico à vítima.

Repercussão e investigações paralelas

O caso ganhou notoriedade nesta semana quando moradores da cidade compartilharam nas redes sociais o vídeo em que o noivo da jovem aparece arrombando a porta da casa paroquial após o padre se recusar a abrir. No registro, a mulher é encontrada chorando, escondida embaixo da pia do banheiro.

Na terça-feira, 14, a Diocese de Diamantino divulgou uma nota oficial informando estar “ciente da notícia” e garantindo que “todas as medidas canônicas previstas já estão sendo devidamente tomadas”. A investigação segue sob sigilo.

O que diz a Polícia Civil

Em nota enviada à IstoÉ, a Polícia Civil informou que a família da jovem procurou a delegacia logo após o vídeo se espalhar nas redes. O inquérito foi instaurado para identificar os autores da gravação e os responsáveis pela produção e difusão das imagens.

Segundo o delegado Franklin Aves, que conduz o caso, as buscas desta quinta-feira visam individualizar a conduta de cada envolvido e identificar todos os responsáveis pela gravação e pela circulação do vídeo.

A divulgação de imagens íntimas sem consentimento é crime previsto no Código Penal, art. 218-C, com pena de até cinco anos de prisão e direito a indenização pelo dano material ou moral.