Polícia encontra sete tubarões vivos em porão de traficante de animais

Divulgação/NYSDEC
Foto: Divulgação/NYSDEC

Joshua Seguine, de 40 anos, morador de Nova York, nos Estados Unidos, foi multado em US$ 5 mil (cerca de R$ 27,8 mil) e colocado em liberdade condicional na última terça-feira (16), depois de se declarar culpado das acusações de manter ilegalmente tubarões no porão de casa para vendê-los na internet.

“A maré mudou para Joshua Seguine, que foi condenado e responsabilizado por seus atos ilícitos”, afirmou a procuradora-geral Letitia James de Nova York em um comunicado divulgado pelo site New York Post. “Que isso sirva como uma mensagem alta e clara: não vamos tolerar que ninguém ataque espécies protegidas para encher seus bolsos”.

As suspeitas contra Seguine começaram em julho de 2017, quando ele foi detido no estado da Geórgia por dirigir sem habilitação. Os policiais encontraram cinco tubarões pequenos em um tanque circular na carreta de seu caminhão. Segundo o UOL, na ocasião, Joshua teria admitido a um investigador do Departamento de Recursos Naturais da Geórgia que pretendia vender os animais e que estava indo para casa em Nova York, onde tinha mais espécies protegidas em sua casa.

A informação dada pelo homem foi passada ao Departamento de Conservação Ambiental de Nova York, e, quatro anos depois, os investigadores enfim obtiveram um mandado para a vasculhar a casa do suspeito. Ao chegar na residência, os agentes foram até o porão, onde encontraram sete tubarões-corre-costa nadando em uma piscina improvisada.

A espécie mantida em cativeiro por Seguine é encontrada no Oceano Atlântico, e seus indivíduos podem crescer até 2,5 metros de comprimento.

As autoridades ainda encontraram dois tubarões-leopardo mortos, um tubarão-martelo morto e o focinho de um peixe-serra de dente pequeno.

Os animais sobreviventes foram transferidos para o Aquário de Nova York, em Coney Island. “É fundamental que trabalhemos para proteger as espécies ameaçadas que são retiradas de seus habitats naturais e vendidas para obter lucro”, disse o comissário de conservação ambiental, Basil Seggos.