A polícia de Los Angeles, nos Estados Unidos, descobriu que Matthew Perry pediu para que seu assistente Kenneth Iwamasa lhe desse uma dose elevada de cetamina no dia de sua morte, em 28 de outubro de 2023, e que o rapaz teria acesso à grande quantidade da substância pelo fato de o ator de “Friends” ter ligação com uma rede de tráfico de drogas.

De acordo com o site “The Hollywood Repórter”, que teve acesso a documentos da nova investigação sobre a morte do artista, Perry pagou a traficantes milhares de dólares para receber doses extras de cetamina, que era aplicada em seu tratamento contra depressão e ansiedade em doses controladas.

Contudo, o período da morte do ator não condiz com a sua agenda de tratamento. O assistente de Perry teria organizado os encontros do artista com traficantes, que passavam a droga por meio de médicos.

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Ainda segundo o documento, Iwamasa pagou US$ 4,5 mil (o equivalente a R$ 24,6 mil) a um desses médicos, que o mostrou como administrar a dose extra em Perry. O assistente aplicou as doses em múltiplas ocasiões no mês anterior à morte do intérprete de Chandler.

Os valores subiam conforme o tempo passava e em sua última semana de vida, Matthew Perry pagou mais de US$ 21 mil (cerca de R$ 115 mil) por um novo carregamento de cetamina.

No dia em que o ator foi encontrado morto, Iwamasa teria injetado cetamina no patrão em três horários diferentes. Perry teria dito para ele “injetar uma dose grande” logo antes da dose final, que provavelmente o matou. Iwamasa deixou o ator na jacuzzi e, horas depois, o encontrou morto com o rosto debaixo da água.

A polícia investiga o caso há quase um ano, com a ajuda da agência de combate ao tráfico dos Estados Unidos e o serviço de investigação dos Correios. No curso da investigação foram reveladas mensagens de SMS entre vários dos acusados, discutindo a quantidade de cetamina que seria arranjada para Perry, o preço que ele ia pagar pela substância e a logística da entrega.