A Polícia Civil de São Paulo não tem dúvidas de que o voluntário da Coronavac, um farmacêutico de 32 anos, cometeu suicídio. É esse episódio que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alega para suspender os testes da vacina contra a covid-19. Por sua vez, o governo do Estado diz ser “impossível” que haja relação da morte com o imunizante.
Desde o dia 29 de outubro, às 16 horas, a polícia registrou a causa da morte como suicídio. A informação consta no Boletim de Ocorrência 2.460/2020 feito pelo 93º Distrito Policial (Jaguaré), ao qual o Estadão teve acesso.
Segundo o zelador do prédio da vítima, o companheiro do farmacêutico havia dado autorização para ele tocar a campainha e, caso necessário, arrombar a porta. Com um segurança do condomínio, eles forçaram a entrada e encontraram o farmacêutico já sem vida.
O delegado foi até o local e não achou sinais de violência no apartamento. Ele requisitou perícia para a residência e para a vítima. Embora aguardem exame toxicológico para a confirmação formal, os investigadores não têm dúvida de se tratar de suicídio.
O Estadão apurou que a vítima se tornou voluntária da Coronavac no início de outubro – mas não há informação se ele, de fato, recebeu uma dose do imunizante ou placebo.
Interlocutores do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmaram à reportagem que o Palácio dos Bandeirantes vê com desconfiança a decisão da Anvisa e suspeita que agência atuou para criar um “alarmismo desnecessário”.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.