As Polícias Militar e Rodoviária do Estado e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) estão montando barreiras na divisa entre São Paulo e o Rio de Janeiro para evitar que a intervenção federal no Estado vizinho provoque uma corrida de criminosos para o território paulista. A polícia atribui ataques a agências bancárias com explosivos na região a grupos armados do Rio.

Na quinta-feira, 15, homens portando fuzis explodiram três agências bancárias no centro de Cunha, na divisa com o Estado fluminense. Na fuga, os criminosos incendiaram carros para interditar a Rodovia Cunha-Paraty. Conforme a polícia, o bando fugiu para o Rio.

Os primeiros bloqueios foram feitos na Rodovia Presidente Dutra, próximo da cidade de Cunha, e na Rio-Santos, na divisa de Paraty com Ubatuba, em uma base da PRF.

“Vai acontecer diariamente, em períodos específicos, noturnos e diurnos, com grande visibilidade. Todos os veículos estão sendo vistoriados, com foco naqueles que têm placas de fora do litoral norte”, disse o tenente coronel César Eduardo Ferreira, comandante do 20º Batalhão da Polícia Militar/Interior, com sede em Ubatuba.

Conforme o inspetor Marcelo de Lima, da PRF, a região pode se transformar em rota para escoamento de armas e drogas após as ações no Rio. Segundo ele, a ação é uma medida local, reflexo da intervenção na segurança do Rio. “A preocupação é com uma possível migração de criminosos”, disse.

Considerada uma das regiões mais violentas do Estado, o Vale do Paraíba registrou ataques com explosivos a dez agências de bancos em seis cidades, além de Cunha, desde outubro do ano passado. Em dezembro, criminosos incendiaram veículos e interditaram a Rodovia dos Tamoios para atacar dois carros-fortes, mas a polícia interveio, e eles não conseguiram concretizar o roubo.

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