WASHINGTON, 08 JUN (ANSA) – O Conselho Comunal da cidade de Minneapolis, nos Estados Unidos, decidiu desmantelar a estrutura da polícia e reconstruir a corporação baseado em um modelo comunitário, informou o órgão na noite deste domingo (07).
“Nosso objetivo é reformar e reconstruir junto com toda a nossa comunidade um novo modelo de segurança pública que deve garantir a segurança de todos”, informou o Conselho.
A decisão vem na sequência dos 14 dias de protestos pela morte de George Floyd, o homem negro morto pelo policial branco Derek Chauvin, no dia 25 de maio, durante uma abordagem em que ele foi sufocado pelo joelho do agente por mais de oito minutos. O crime na cidade foi o estopim de um movimento nacional – e internacional -, com protestos em todos os estados norte-americanos, que reacendeu a discussão do racismo na sociedade. – Biden encontrará família Floyd: O candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden , se reunirá nesta segunda-feira (08) com familiares de Floyd em Houston, no Texas.
Segundo o staff do ex-vice-presidente dos EUA, Biden também gravará uma mensagem em vídeo para ser transmitida durante a cerimônia fúnebre final do ex-segurança em sua cidade natal. O corpo de Floyd está sendo velado desde a última sexta-feira (05) e será enterrado amanhã. Em entrevista à emissora “CNN”, o democrata informou que já conversou com alguns dos familiares para “tentar dar algum consolo” a eles. Biden também apareceu em um protesto onde ajoelhou, em um gesto que se tornou símbolo da luta antirracista no país.
Por sua vez, o presidente dos EUA, Donald Trump, ironizou o ato e postando uma mensagem em sua conta no Twitter. Na imagem, o republicano aparece andando à frente de militares e Biden está de joelhos e há a frase “Líderes lideram. Covardes se ajoelham”.
O mandatário vem sendo criticado pela forma como está lidando com a onda de protestos por todo o país, tendo enviado a Guarda Nacional para vários estados e ordenando a construção de uma cerca ao redor da Casa Branca.
Se, logo após o crime, Trump havia destacado o FBI para entrar na investigação, nos dias seguintes ele se manifestou apenas para defender a “lei e a ordem” nos atos, ameaçando até mesmo enviar o Exército para as áreas onde tumultos durante as manifestações foram registradas. (ANSA)