Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) – A Polícia Militar de Mato Grosso apreendeu nesta quarta-feira a caminhonete, armas e munições utilizadas em chacina de terça-feira que deixou 7 pessoas mortas, em Sinop, a 480 km de Cuiabá, e a Polícia Civil do Estado já teria identificado os suspeitos.
Os assassinatos, incluindo o de uma adolescente de 12 anos, ocorreram em um bar, aparentemente motivados por uma briga após derrota em um jogo de sinuca, informou o site G1, que também divulgou vídeo da chacina capturado por uma câmera do estabelecimento.
“Ao ser realizada a busca veicular, a equipe encontrou uma espingarda calibre 12 dentro do compartimento do motor, sob o capô. Foi encontrada, ainda, uma bolsa preta, pequena, contendo 14 munições calibre .40 e 14 munições gauge 12.”, diz nota da Polícia Militar do Estado, que também encontrou certificados de registro de armas de fogo entre os itens apreendidos.
“As forças de segurança do Estado trabalham em conjunto para localização dos suspeitos do crime, que já foram identificados pela Polícia Civil. Uma força-tarefa foi criada para buscas aos autores do crime”, diz a PM na nota.
Bandeira de governo e de campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro, a flexibilização das regras de posse e porte de armas de fogo tem sido criticada e revista pelo atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que assinou decreto que restringe o acesso às armas e estabelece o recadastramento de armas de uso permitido e restrito até o fim de março.
Nesta quarta, o ministro da Justiça, Flávio Dino, voltou ao assunto ao comentar a chacina no Mato Grosso.
“Mais 7 homicídios brutais. Mais um resultado trágico da irresponsável política armamentista que levou à proliferação de ‘clubes de tiro’, supostamente destinados a ‘pessoas de bem’ (como alega a extrema-direita)”, publicou o ministro em seu perfil no Twitter.