A polícia Gibraltar prendeu, nesta quinta-feira, o capitão e o imediato do petroleiro iraniano Grace 1, retido há uma semana neste território britânico suspeito de transportar petróleo para a Síria, anunciou o organismo de segurança.

Os dois marinheiros, de nacionalidade indiana, estão sendo interrogados na sede da polícia desse pequeno território britânico localizado no extremo sul da Península Ibérica, informou a polícia em um comunicado.

De acordo com um porta-voz do corpo, nenhum crime foi denunciado, embora a prisão esteja relacionada à suposta violação das sanções europeias impostas contra Damasco.

A prisão foi feita após “uma longa inspeção do navio em que documentos e dispositivos eletrônicos foram apreendidos e examinados”, acrescentou o comunicado.

Com um comprimento de 330 metros e uma capacidade de carga de dois milhões de barris, o Grace 1 foi interceptado em 4 de julho pela polícia e pelos serviços alfandegários de Gibraltar, auxiliados por um destacamento de fuzileiros navais britânicos.

As autoridades de Gibraltar suspeitam que o navio estava indo para a Síria para descarregar petróleo, em suposta violação das sanções europeias contra o regime de Bashar al-Assad.

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Teerã negou estas acusações e, criticando Gibraltar por um ato de “pirataria”, exigiu sua libertação imediata.

No entanto, a justiça local deu luz verde para prolongar a retenção do navio por 14 dias, até 19 de julho. Essa ordem pode ser estendida por até 90 dias.

A prisão dos marinheiros pode exacerbar as tensões geradas nos últimos dias com Teerã.

O presidente iraniano, Hassan Rohani, advertiu a Grã-Bretanha na quarta-feira sobre as “consequências” da captura de Grace 1.

Uma autoridade da Guarda Revolucionária também garantiu que Londres e Washington “lamentarão amargamente” essa ação.

Por sua vez, o governo britânico disse nesta quinta-feira que embarcações iranianas tentaram na noite de quarta-feira “impedir a passagem” de um petroleiro britânico no Estreito de Ormuz antes de serem repelidas pela presença de uma fragata da Marinha Real britânica.

O Irã negou imediatamente qualquer incidente com uma embarcação nas últimas 24 horas.


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