A polícia do Rio de Janeiro aponta que a deputada federal Flordelis teria usado um código para dar início ao plano de assassinato do pastor Anderson do Carmo. Às 3h03 do dia 16 de junho de 2019, um domingo, ela mandou a mensagem “oito e quinze me chama” para a filha adotiva Marzy Teixeira da Silva. As informações são do RJ2, da TV Globo.

De acordo com a polícia, há evidências que Marzy estava acordada e depois de receber a mensagem teria acionado Flávio dos Santos, filho biológico de Flordelis. Ele é apontado como autor dos disparos que mataram o pastor. Anderson morreu meia hora depois da mensagem.

Marzy foi presa na segunda-feira (24). Já Flávio foi preso no velório do padrasto em 2019. A investigação do caso da morte do pastor aponta ainda que Marzy fez buscas na web para encontrar alguém para matar o padrasto.

Reprodução/ TV Globo

Veneno e assassino de aluguel

A apuração foi além e indicou que a procura foi um pedido da deputada para a filha, a parlamentar considerava a morte do marido uma solução melhor do que o divórcio.
Entre as pesquisas realizadas na web estão “Assassino onde achar”, “Alguém barra pesada”, “Barra pesada online”. Além disso, Marzy procurou por venenos em buscas no Google.

Anderson do Carmo chegou a ser internado pelo menos cinco vezes ao apresentar sintomas de envenenamento.

“Veneno para matar pessoa que seja letal e fácil de comprar” e “Cianeto de cobre” foram algumas das pesquisas realizadas pela filha de Flordelis. Ela disse em depoimento que procurou um dos filhos adotivo da deputada, Lucas César dos Santos, para cometer o crime.

Assim como Marzy, Lucas também está preso pelo assassinato do pastor. Ele deixou a casa do casal por não ser bem tratado.

O rapaz teria recebido a proposta de R$ 10 mil para executar o pastor. A quantia estaria na mochila de Anderson, o qual costumava carregar ao menos R$ 5 mil em espécie. No entanto, o plano de Flordelis vazou e o marido da deputada ficou sabendo via mensagens de texto, que foram encontradas no Ipad do religioso.

A polícia civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) prenderam oito pessoas por participação no assassinato do pastor na última segunda-feira (24), morto com mais de 30 tiros. As investigações consideram que a deputada foi quem orquestrou o assassinato.