Uma perícia confirmou que havia traços de DNA do menino Miguel dos Santos Rodrigues, de 7 anos, na mala apreendida pela polícia durante as investigações sobre a morte da criança, revelou o delegado Antônio Carlos Ractz, nesta segunda-feira (13). As informações são do jornal O Globo.

Segundo Ractz, a bolsa de viagem foi usada pela mãe, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, e pela madrasta, Bruna Nathiele Porto da Rosa, denunciadas pela morte, para transportar o corpo do menino até o Rio Tramandaí, entre os municípios de Imbé e Tramandaí, no Rio Grande do Sul, na madrugada de 27 de julho.

O delegado também afirmou que “não há mais razões técnicas para persistirem as buscas” pelo corpo do garoto, e que elas foram suspensas. “Em razão do decurso do tempo, não seria mais localizado em nosso litoral”, disse Ractz.

Yasmin e Bruna foram presas após a mãe de Miguel confessar tê-lo espancado, dopado com um antidepressivo e colocá-lo na mala. Ela afirmou à polícia que o filho ficava de castigo dentro de um armário por cerca de meia hora, e que o agredia como forma de punição.

A mãe e a madrasta foram denunciadas à Justiça por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e meio cruel), tortura e ocultação de cadáver.

Ainda segundo O Globo, durante as investigações, a polícia encontrou imagens de câmeras de segurança que mostram Yasmin carregando a mala. Além disso, a mãe de Miguel teria pesquisado na internet se água apagaria impressões digitais, o que poderia ser considerado uma prova de que o corpo do garoto foi lançado na água.