Polícia Civil aponta que PCC recruta mais mulheres para disfarçar tráfico na Cracolândia

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"Gatinha do tráfico", Lorraine agia na Cracolândia (Foto: Reprodução) Foto: Reprodução/Instagram

Uma investigação de 6 meses da Polícia Civil mapeou as ações PCC (Primeiro Comando da Capital). Uma das conclusões é que a facção criminosa tem aumentado a presença de mulheres no tráfico de drogas. As informações foram divulgadas pelo portal UOL.

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A inclusão de mulheres, com diferentes perfis, é uma novidade. A Polícia assume que a presença feminina é mais discreta para os olhos dos agentes. “O tráfico passou a recrutar mulheres porque elas chamam menos a atenção das forças policiais”, admite o Delegado Roberto Monteiro, da Delegacia Seccional Centro, ao UOL.

A Operação Caronte, que monitora o tráfico na Cracolândia, no centro de São Paulo, informou que 8 mulheres foram presas nos últimos 2 anos.

Recentemente algumas mulheres chamaram atenção pelo perfil mais jovem e por andarem bem arrumadas. Há 3 semanas, a Polícia prendeu a mulher conhecida como “gatinha da Cracolândia”. A suspeita Lorraine Bauer Romeiro tinha 19 anos, se apresentava como influenciadora e vivia em Barueri. Além de crescer com apoio de uma família de classe média, lucrava cerca de R$ 6000 por dia com o tráfico de drogas.

Outras mulheres de perfil semelhante foram detidas, como Daniela Alves dos Santos, de 29; e Natália Soares dos Santos, de 25 anos, que tentou fugir com um carro de luxo e mais de R$ 67 mil em dinheiro vivo.

O estudo da Polícia também apontou para outros perfis de mulheres envolvidas com o PCC. E tudo isso tem levado a um aumento de mulheres presas por causa de tráfico.

De acordo com a Secretaria Estadual da Administração Penitenciária, atualmente 59,19% das mulheres presas cometeram esse tipo de crime no estado de São Paulo.