Uma proprietária de uma farmácia, na região metropolitana de Curitiba, no Paraná, foi autuada pela Polícia Civil do estado. A empresária é suspeita de comercializar um coquetel de vitaminas como medicamento preventivo contra o coronavírus. O remédio era vendido por R$ 79,90 em cápsulas, inclusive nas redes sociais.

O produto, segundo o Departamento Estadual de Defesa do Consumidor (Procon/PR), é composto por ácido fólico, selênio, zinco e vitaminas A, C, D e E.

Responsável pelo caso, o delegado André Gustavo Feltes, não divulgou o nome da comerciante nem o do estabelecimento. Gustavo explicou que o anúncio poderia levar facilmente uma pessoa leiga ao engano.

“O que chama atenção é a maneira como esse informe foi realizado, pois dependendo do nível de conhecimento do consumidor, pode ser induzido ao erro, acreditando que com o consumo do produto poderia ficar imune ao contágio do coronavírus, o que não é verdade. Da maneira como a informação era passada, fazia uma pessoa leiga acreditar”, comentou o delegado.

Autuada pela polícia por afirmação falsa ou enganosa de produtos e serviços, a empresária também poderá responder por estelionato, caso algum cliente denuncie que comprou o produto com a intenção de se prevenir contra o vírus.

A proprietária poderá pegar uma pena de três meses a um ano de detenção, além do pagamento de multa. A farmácia também vai responder um processo administrativo no Procon.

Em contato com a reportagem do UOL, o médico especializado em clínica geral, Antônio Furlan, explicou que o coquetel de vitaminas ofertado pela farmácia paranaense não resolveria uma eventual infecção pelo coronavírus.

“O polivitamínico serve para aumentar a resistência do organismo e não funciona para conter qualquer virose. Para evitar contrair vírus, é recomendável evitar estar ou entrar em contato com pessoas ou áreas acometidas pela virose, usar máscaras caso visite áreas de risco e alimentação reforçada para aumentar a resistência do organismo”, explicou.