14/11/2018 - 22:53
Três pessoas, e não duas como a polícia acreditava inicialmente, estavam no carro de onde partiram os tiros que mataram a vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes, na noite do dia 14 de março, segundo a TV Globo, que teve acesso ao inquérito de investigação das execuções. O documento tem milhares de páginas, mas poucas conclusões.
No documento, a Polícia Civil do Rio registra a presença de uma pessoa ao lado do motorista do carros dos assassinos de Marielle. Num primeiro momento, acreditava-se que havia apenas mais uma pessoa no banco de trás. Mas uma câmera instalada no percurso por onde passou a vereadora minutos antes de ser assassinada captou uma imagem de frente do carro do atirador, que foi capaz de detectar a presença de alguém no banco do carona.
Os vidros do veículo foram cobertos por uma película escura que dificulta a identificação dos ocupantes. Mas, com recursos tecnológicos, foi possível atestar a presença dessa terceira pessoa.
No inquérito, a Divisão de Homicídios ainda concluiu que o carro utilizado no crime, da marca Cobalt, foi preparado para o assassinato. Uma análise mais detalhada do veículo clonado demonstrou que suas maçanetas pretas são raras e que o formato da janela não coincide com o de outros carros do mesmo tipo.
A polícia constatou também que das nove munições utilizadas, oito eram brasileiras e uma era colombiana. O vereador carioca Marcelo Siciliano (PHS) e o ex-PM Orlando Curicica continuam sendo tratados como os principais suspeitos.