A Polícia Civil anunciou nesta terça-feira (24) que desmantelou um esquema de fraude bancária que desviava salários de jogadores de futebol através de identidades falsas, em uma operação já prendeu 11 pessoas até o momento.
De acordo com a investigação, os criminosos abriam contas bancárias com documentos falsos em nome de atletas brasileiros e solicitavam a transferência de pagamentos de salários de suas contas reais para as contas fraudulentas.
Entre as identidades usadas estavam as de Gabigol, ex-Flamengo e atual jogador do Cruzeiro, e do argentino Walter Kannemann, do Grêmio, segundo a imprensa.
“Assim que os valores eram recebidos, os golpistas transferiam o dinheiro para outras instituições financeiras, compravam produtos e serviços ou faziam saques em caixas eletrônicos, dificultando o rastreamento e a recuperação dos valores”, disse a polícia em um comunicado.
A investigação começou em janeiro, depois que um banco detectou irregularidades nas operações de portabilidade da folha de pagamento de atletas.
O esquema conseguiu desviar mais de R$ 1 milhão, dos quais as autoridades recuperaram R$ 135 mil. Durante a operação desta terça-feira, a polícia também encontrou uma caixa com dinheiro, o valor apreendido ainda está sendo contabilizado, mas é possível que ultrapasse R$ 400 mil.
O banco “corrigiu imediatamente a vulnerabilidade” após notar o esquema e ressarciu as vítimas, “que não tinham conhecimento do golpe”, afirma a polícia.
A operação, denominada “Falso 9”, mobilizou mais de 100 agentes da Polícia Civil dos estados de Rondônia e Paraná, com apoio das corporações de Amazonas e Mato Grosso, que cumpriram 33 mandados nesta terça-feira, a maioria deles de busca e apreensão e prisões preventivas.
Os suspeitos são acusados de fraude eletrônica, falsa identidade, uso de documentos falsos, organização criminosa e lavagem de dinheiro, com penas que podem chegar a 33 anos de prisão.