Aproximadamente uma em cada sete crianças que vivem em um dos países da OCDE é pobre, e a taxa de pobreza infantil aumentou nos últimos anos na maioria desses países, de acordo com um relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico.

Em média, a taxa de pobreza infantil para o período 2015-2016 foi de 13,4% nos países da OCDE, o que corresponde a uma criança em sete, de acordo com a nota publicada nesta quarta-feira, Dia Internacional da Para a Erradicação da Pobreza.

A situação é particularmente preocupante no Chile, na Espanha, nos Estados Unidos, em Israel e na Turquia, onde mais de uma em cada cinco crianças vive em uma família de baixa renda, sete vezes mais do que na Dinamarca ou na Finlândia.

Segundo a OCDE, que considera 2007 como ano de referência, a pobreza infantil aumentou em quase dois terços dos países da Organização na última década.

A Eslováquia registou o maior aumento desde 2007 (5,4 pontos), mas “França, Hungria, Grécia, Itália, Lituânia e Suécia tiveram crescimento de dois pontos ou mais no mesmo período”, disse a OCDE.

O organismo internacional também enfatiza que crianças de famílias monoparentais correm maior risco de serem pobres porque “a separação dos pais raramente é compensada com pensão alimentícia”.

“A guarda dos filhos geralmente corresponderá à mãe que muitas vezes tem renda pessoal menor que seu ex-parceiro. Portanto, não é surpreendente que o risco de pobreza das famílias monoparentais (31%) seja três vezes maior do que o de famílias com dois pais (10%) em toda a OCDE, em média”.

O relatório também observa que “ajudar os pais a obter empregos de boa qualidade é decisivo para reverter” a pobreza infantil. “Isso significa ajudar os pais a ter um emprego estável em tempo integral”, acrescenta ela.

Para reduzir a pobreza infantil, a agência também recomenda “melhorar a cobertura” dos benefícios sociais, “fundamental” para reduzir a pobreza infantil.