O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) que mede a atividade industrial do Brasil caiu para 53,6 na leitura com ajuste sazonal de março, após marcar 54,1 em fevereiro. Apesar do recuo, o índice se mantém acima dos 50 pontos, o que indica crescimento do setor, na margem. A leitura de março ficou novamente acima da média de longo prazo da série (50,6), conforme destacou a S&P em nota.

A agência aponta que houve aumento no volume de novos pedidos pelo terceiro mês consecutivo em março, com destaque para a recuperação do segmento de bens de capital.

“O setor industrial do Brasil aproveitou o forte impulso obtido em fevereiro, com a maior melhora na demanda em 32 meses impulsionando o crescimento adicional da produção em março”, escreveu a diretora associada de Economia da S&P, Pollyanna Lima.

Na avaliação de Pollyanna Lima, os esforços das empresas para atender o aumento do apetite dos clientes levou à criação de empregos e a mais uma rodada de crescimento da compra de insumos. “As pressões sobre os custos permaneceram relativamente leves e a inflação de preços caiu para um mínimo de três meses, aumentando a probabilidade de outro corte na taxa básica de juros”, observa.

Os participantes da pesquisa, contudo, apontaram, de acordo com a S&P, que há fragilidade na demanda externa, com os fabricantes brasileiros enfrentando dificuldade para garantir novos pedidos, sobretudo da Ásia, América Latina e Europa.