PMI industrial do Brasil cai a 51,8 em março ante 53 em fevereiro, diz S&P Global

O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade industrial do Brasil recuou a 51,8 pontos em março, contra 53,0 pontos em fevereiro, segundo dados divulgados pela S&P Global. A avaliação da S&P é de que o período registrou aumentos mais lentos em novos pedidos e no nível de emprego. Por outro lado, a inflação dos custos dos insumos recuou para o nível mais baixo em três meses.

“O setor industrial brasileiro conseguiu se manter dentro da zona de crescimento em março, com as taxas de expansão do volume de novos pedidos, dos volumes de produção e dos empregos permanecendo acima das suas respectivas médias de longo prazo. Este cenário ressalta a resiliência entre as empresas em um momento de incerteza econômica, desafios comerciais, inflação elevada e altos custos de empréstimos”, resume Pollyanna De Lima, diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence.

Lima também pontuou que a fragilidade da taxa de câmbio contribuiu para o aumento dos custos, neutralizando, em grande parte, qualquer ganho em competitividade internacional. “As exportações aumentaram – de acordo com relatos – para a América Latina, UE e os EUA, mas apenas de forma marginal”, afirma.

A S&P destaca que as condições favoráveis da demanda levaram a outra expansão nos estoques de bens finais em março. Os estoques de pré-produção, no entanto, diminuíram devido a atrasos nas entregas dos fornecedores, limitações na atividade de compra e utilização dos materiais em processos de produção.

Em relação ao próximo ano, os fabricantes brasileiros expressaram otimismo, com expectativa de melhorias nas vendas e maiores investimentos que, combinados com as aquisições planejadas, encorajaram projeções otimistas para a produção.